Odeio aqueles ditados clichês que o povão usa, mas um em especial me irrita profundamente, aquele que diz que quando você ri muito, uma hora você vai chorar. Mesmo discordando e achando a maior baboseira do mundo esses ditos populares, hoje esse ai me caiu como uma luva.
O dia começou perfeitamente animado, cheio de alegria e diversão na externa que eu, Tati, Tarsila, Anderson (câmera man) e X (assistente de câmera) fomos fazer no meio da Anchieta. Um calor insuportável, um trânsito irreal, que era justamente a nossa pauta, e uma penca de baianinhos gritando “filma eu”, “mãe to na Globo” e “repórter gostosa” fizeram da nossa manhã a mais animada dos últimos tempos.E o melhor de tudo ainda estava por vir. Sabe quando você pensa em uma coisa, pede pro papai do céu e quando você abre os olhos a coisa tá na sua frente? Então, foi mais ou menos assim. Nós pedíamos uma pessoa andando no guardirreio, e lá estava ela. Depois pedíamos por um policial que seja legal e que de entrevista pra gente, e lá estava ele. Tudo perfeito!
O triste mesmo foi quando cheguei em casa e descobri que minha cadelinha havia falecido. 18 anos acompanhando minha família e ela nos deixou. Deixou sem pedir nada, sem reclamar e muito menos atrapalhar, simplesmente entrou em coma no caminho do petshop e recebemos a ligação da veterinária contando o caso. O mais difícil mesmo foi autorizar a eutanásia. Sinceramente sou do cara que acho que só o cara lá de cima tem o direito de decidir quando nós devemos realmente ir, mas no caso dela a veterinária disse que se a tirássemos do coma, ela sofreria muito até morrer, e se a deixássemos viveria pra sempre.
Agora esta uma sensação muito estranha por aqui, não tem ninguém latindo na cozinha, ninguém pra colocar pra dentro as cinco horas, depois do xixi e do banho de sol da tarde. Ninguém que mordia nosso dedo quando a esquecíamos na chuva, e ao entrar tremia mais que “pau-de-tarado” e resmungava. Por isso o post de hoje é uma dedicatória para a Nine, a cachorra que já veio com nome, que nos amou e foi muito amada. Hoje é dia de festa lá no céu, já que o mundo ficou mais feio, mais chato e mais triste. Te amo Ninona! Vai com Deus.